Rinite Alérgica

Sintomas, diagnóstico e tratamento

Rinite é uma inflamação da mucosa nasal que se caracteriza clinicamente por prurido, espirros, rinorreia anterior ou posterior e obstrução nasal, sintomas que podem ocorrer em diferentes combinações ou isoladamente. Devem ser avaliados quanto ao início, à duração, à gravidade e à interferência com o sono ou com atividades escolares/laborais do doente. Estes sintomas têm várias etiologias, entre os quais a infeciosa e a alérgica (na maioria dos casos há ácaros e pólenes) são as causas mais frequentes.

A rinite é a patologia mais prevalente das doenças alérgicas e o número de doentes tem vindo a aumentar, tornando-se um problema de saúde pública em países industrializados. Na Europa, estima-se uma prevalência entre 17 e 28% com uma média de 25%.

Em Portugal, a prevalência da rinite alérgica é estimada entre 22 e 26% na população geral.

70% dos doentes com rinite referem coexistência de sintomas oculares. Entre 33 e 40% dos doentes com rinite alérgica têm ou irão ter asma, sendo a rinite considerada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de asma, e 3 em cada 4 doentes com asma têm rinite alérgica moderada a grave.

A rinite é também um importante fator de risco para a ocorrência de otite média, sinusite crónica, distúrbios do sono (incluindo a síndrome da apneia obstrutiva do sono), problemas de aprendizagem, baixa autoestima, ansiedade e depressão, particularmente na infância.

O impacto económico da doença é subestimado por ter custos diretos não elevados, mas os custos indiretos, decorrentes das comorbidades associadas, são consideráveis.

As diferentes modalidades farmacológicas disponíveis são adotadas para o tratamento de acordo com a gravidade dos sintomas.

A evicção alergénica (que raramente é possível a 100%), constitui a primeira medida a adotar no plano terapêutico, de acordo com o tipo de alergia, havendo medidas preventivas para grupos alergénicos específicos como os de ácaros, animais domésticos, fungos e grãos de pólenes.

Os medicamentos são usados para tratamento de crises, situações quando depois de um contacto com a maior quantidade de alergénio, ou por maior exposição a ele aumenta a gravidade de sintomas diários habituais. Os anti-histamínicos são efetivos para diminuir os sintomas como rinorreia, espirros e prurido. Para tratar a obstrução e inflamação nasal mostram-se eficazes os corticosteroides de aplicação tópica, descongestionantes e medicamentos antileucotrienos.

Em doentes com rinite alérgica e asma tem uma boa eficácia clínica e segurança para os alergénios mais importantes – ácaros do pó de casa, pelo do gato, e pólenes de gramíneas, árvores e ervas.

A imunoterapia específica exige um diagnóstico preciso de alergia mediada por imunoglobulina e, através de testes cutâneos positivos, imunoglobulina específica elevada e história de agravamento dos sintomas com exposição aos respetivos alergénios. É considerado o único tratamento que pode alterar o curso natural de doença alérgica, mantendo a sua eficácia durante vários anos após ser interrompida.

Também é muito importante a redução de progressão para a asma e o aparecimento de novas sensibilizações a outros alergénios.

Recordamos que, na Casa de Saúde São Mateus Hospital realizam-se diagnósticos e tratamento de alergias incluindo a rinite, a asma e a alergia alimentar e medicamentosa. Tem, no seu Hospital de Referência, uma resposta completa às suas necessidades para uma melhor saúde.

Dr. Aleksandru Ciobanu

Imunoalergologista
Médico CSSMH